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Com o objetivo de prospectar parcerias para as Instituições de Ciência, Tecnologia e Inovação (ICTs) filiadas, o presidente da ABIPTI Paulo Foina ministrou palestra durante encontro mensal da Associação Brasileira das Indústrias de Material de Defesa e Segurança (ABIMDE), realizado nesta terça-feira (5), de forma híbrida.
A presença da ABIPTI no evento, inclusive, é uma ação resultante do Congresso realizado pela entidade em agosto de 2023, que teve como tema “Tecnologia Nacional para Insumos Estratégicos”. Um dos painéis foi justamente para tratar da área da defesa.
Paulo Foina começou a palestra lembrando a definição de ICTs. De acordo com o novo marco legal de Ciência, Tecnologia e Inovação, ICTs são órgãos ou entidades da administração pública direta ou indireta ou empresa privada sem fins lucrativos, que seja criada sob normas nacionais, com sede e foro no Brasil. O foco central deve ser a pesquisa básica ou aplicada de caráter científico ou tecnológico ou o desenvolvimento de novos produtos, serviços ou processos. Estas ações, inclusive, devem estar contidas em sua missão institucional ou objeto social ou em seu estatuto. Na Sequência, Foina tratou sobre o funcionamento destas instituições e as dinâmicas de contratação de pesquisas tecnológicas.
ICTs privados e a economia brasileira
O impacto das ICTs privados na economia nacional também foi tópico da palestra. Foina destacou estudo da Deloitte, que contou com da ABIPTI, mostrou que 17 os principais atores do setor geraram receita de R$ 24,7 bilhões em 2020. A pesquisa revelou ainda que essas entidades adicionaram um montante de R$ 6,2 bilhões ao PIB com suas ações e tecnologias criadas e R$ 5,9 bilhões em arrecadação de impostos. Em termos de geração de emprego, este grupo gera 48,7 mil empregos diretos e 159 mil indiretos.
“Mostrei quais são as competências dos ICTs, as áreas que os ICTs brasileiros tem competência, que inclusive são reconhecidas internacionalmente. E todas estas áreas têm interesse em defesa. A área de defesa tem interesse nessas competências que nós temos. Então, a nossa presença neste evento foi relevante para que possamos alavancar novas parcerias, novos projetos com a área de defesa”, apontou Foina.
ICTS e a Nova Indústria Brasil
Lançado no fim de janeiro, a Nova Indústria Brasil é uma política pública federal que pretende impulsionar o desenvolvimento nacional até 2033, tendo a sustentabilidade e a inovação temas centrais. A política receberá um aporte de R$ 300 bilhões, que serão geridos pela Finep, pela Embrapii e pelo BNDES.
Serão seis metas a serem cumpridas: fortalecimento das cadeias agroindustriais; Saúde (produzir 70% das necessidades nacionais em medicamentos, vacinas, equipamentos e dispositivos médicos; Bem-estar das pessoas na cidade; Transformação digital da indústria; Bioeconomia e Transição energética; Defesa (que tem como meta obter na produção de 50% das tecnologias críticas, além de ações voltadas ao desenvolvimento de energia nuclear, sistemas de comunicação e sensoriamento, sistemas de propulsão e veículos autônomos e remotamente controlados ).
“Se a NIB for realmente implementada como está se prometendo, vai proporcionar um salto importante para reindustrialização brasileira. E aí vai ter muito espaço para os ICTs porque serão convocados a criar produtos, serviços e processos para as indústrias serem competitivas”, opinou Foina
Sobre a ABIPTI
A Associação Brasileira das Instituições de Pesquisa Tecnológica e Inovação (ABIPTI) reúne mais de 130 associados, entre entidades públicas e privadas de pesquisa e desenvolvimento científico e tecnológico, distribuídas nas cinco regiões e 27 unidades da Federação. A associação é uma entidade sem fins lucrativos que tem como missão promover o fortalecimento e o desenvolvimento do sistema nacional de inovação. A ABIPTI atua como agente facilitador na integração entre setores público e privado, promovendo ações que estimulam a inovação e o empreendedorismo no Brasil.